quarta-feira, 24 de julho de 2013

Poema: Ode ao Ódio


Querem me ver humano
Sensível, ouvinte e crítico
Perpetuado pelo amor

Mas me da ódio a hipocrisia do mundo
Me da ódio ver meu mundo corrompido
Meus desejos sendo transformados em pó
Sentimentos em puro ódio

E se querem-me humano
Não me corrompam!
Não matem minha alma
Não torturem minha vida

Não há um ser nesse mundo a qual eu culpo
Mas dou minha vida
A quem ouvir minha agonia,
e de coração se dispor a me tornar novamente vivo

Já vaguei por esse mundo sozinho
Já julguei os loucos e destemidos
Me transformei, achando que o mundo me queria bem

Vaguei por caminhos desconhecidos
Tentei virar todas as páginas do meu passado
Tornar quem eu amo ser

Mas não há como!
Não se pode lutar contra todos
Te machucam, te impedem de ser bom

Não se preza pela virtude
Não se preza pelo esforço em ser melhor

Aprendi milhares de coisas
Neguei muitas
Me esforcei ao máximo por algumas
Mas de que adianta?
Não vale a pena “ser”

“Ser ou não ser”
Já está fora de questão
Se me negam quem eu sou
Então negarei com ódio a tudo que vejo
Perpetuarei a dor como tanto querem
E me jogarei ao abismo sem fim

Pobre daqueles que se arrependerem
Sou forte
Mas não resisto a influencia do mundo
Mundo podre e hostil!
Obrigado por nada!

E quem acha que morri
Muito pelo contrário
Apenas renasci com o ódio que me pediram
Já não luto mais contra o mundo!

O mundo muda e a gente aprende a mudar!

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