segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Eu li: Histórias de Robôs Vol. 2

Como eu havia prometido, eu irei falar agora sobre o tema tecnologia de uma forma mais "evolutiva", no entanto não irei falar sobre fome x tecnologia. Irei falar somente de um livro que li e das idéias que ele me trouxe a mente, que de certa forma mostra uma visão um pouco contrária ao combate da fome, mas que na minha opinião podem ser complementares uma a outra.

Com esse post, eu também estréio uma nova sessão de posts, intitulada "Eu li" que será usada para eu contar minha experiência com livros que li e ao mesmo tempo debater sobre o tema do livro. Acho que vai sair ótimos posts nessa sessão, mas em compensação eles serão lançados em períodos longos te tempo, já que eu não li muitos livros na minha vida e nem tenho esse costume.

Também quero dizer que o blog agora será semanal, ou seja, haverá uma média de um post por semana, ou melhor, 54 posts até o final de 2011. Essa é minha meta.






A primeira imagem é do livro que li "Histórias de Robôs Vol. 2", e a segunda imagem é... um robô, rs. Ou melhor, um autômato(máquina criada para imitar as ações humanas).

É meio estranho começar falando do vol. 2 de um livro, mas como esse livro é composto por várias histórias, não há problema de começar do vol. 1, 2 ou 3. Mas o fato é que eu só tenho esse volume =D.

Para começar a "resenha" eu devo dizer que amei o livro, indico para todos, mas especialmente para quem tem uma mente mais aberta e não-preconceituosa. Inclusive pretendo ler os outros volumes. Agora vamos vou começar a "resenha" : ).

Por que tive interesse em ler o livro? Meu irmão já possuia esse livro há um bom tempo e me falou bem dele, me incorajando a lê-lo, mas eu não dei importância para o livro. Mas, recentemente eu li um artigo de um blog site que eu acompanho(em outro post irei falar desse site, ele é muito polêmico) que falava sobre Isaac Asimov, eu gostei muito do que falaram do autor e no próprio post havia uma citação do livro "Histórias de Robôs". Eu gostei tanto do que falaram do autor que decidi ler o livro, já que o tinha, e foi assim que conheci esse clássico que os mentes abertas todos deveriam ler.

Sobre o autor: Isaac Asimov. Não irei falar sua biografia, mas Asimov é um cara que vê além do seu tempo e é o criador das três leis robóticas. Que leis são essas?
1 - Um robô não pode prejudicar um ser humano ou, por omissão, permitir que o ser humano sofra danos.
2 - Um robô tem de obedecer às ordens recebidas dos seres humanos, ao menos que contradigam a Primeira Lei.
3 - Um robô tem de proteger sua própria existência, desde que essa proteção não entre em conflito com a Primeira ou a Segunda Leis

Com essas leis, nenhum robô fará mal a um humano ou a humanidade e acreditem elas existem e são implantadas em todos os robôs.

Voltando... Asimov criou várias histórias sobre robôs, cerca de 400, e muitas delas foram grandes sucessos e você concerteza já viu falar de uma dessas, Asimov é o autor de "O Homem Bicentenário" e "Eu, Robô", isso mesmo, esses dois grandes filmes foram baseados em histórias homônimas(de mesmo nome) de Asimov.

Enfim, Asimov é um  dos melhores escritores de ficção cietífica, além de ser um gênio.

O livro em linhas gerais: Histórias de Robôs contém histórias não só de Asimov mas também de outros renomados escritores de ficção científica e óbviamente todos os contos são sobre robôs. O livro é composto por 7 contos, e 3 são de Asimov. O que me fez amar o livro foi o fato dele nos mostrar que os robôs não devem ser temidos e que eles são o futuro da humanidade e seu melhor amigo(muito mais que os cachorros, rs).

Contos de destaque:
A introdução do livro "Os robôs, os computadores e o medo", também escrito por Asimov, é sem dúvida uma das melhores partes do livro já que rebate o medo natural que sentimos pela evolução. Com certeza muitos têm medo do robô ir contra a humanidade ou ser o nosso fim ou de que não podemos criar uma criatura já que não somos deuses. Mas Asimov de forma fantástica (pelo menos para mim e para quem for mente aberta) mostra que tudo isso é tecnofobia.
Círculo vicioso - Isaac Asimov: é o primeiro conto do livro e apesar de não ter nada de muito fantástico é ótimo para a introdução das três leis robóticas, contando uma história onde dois humanos precisam resolver um problema onde há um conflito com as três leis.

O conflito evitável - Isaac Asimov: simplesmente amei esse conto. Não vejo possibilidade de uma pessoa ler esse conto e não parar para refletir(seja a favor ou contra os robôs). Eu não assisti a série Matrix toda mas Matrix cai por terra quando se lê "O conflito evitável". É complicado contar um resumo desse conto, o que posso dizer é que nesse conto o mundo é controlado por um computador central que controla as ações executadas pelos homens(daí a semelhança com Matrix) e esse computador faz com que não haja mais guerras nem nenhum confito no mundo(daí o nome do conto). 
Ou seja, é um computador que garante que o ser humano não irá se destruir ou se prejudicar nunca mais. É um conto sombrio que dá medo e ao mesmo tempo nos faz desejar essa situação. Cheguei até a pensar que esse seria um mundo perfeito e que nele nem Deus precisaria interferiri(sei que haverá discordancia, mas é minha opinião não-definitiva). Leiam esse conto antes de morrer, rs.

O homem bicentenário - Isaac Asimov: esse conto todos conhecem(espero), e não há muito o que dizer. É melhor que o filme, para alguns e para mim. O que tenho para falar sobre esse conto é que achei-o legal, mas é difícil acreditar que um ser imortal(robô, não vampiro) queira se tornar tão humano. Mas se for ver por outro lado, mostra que os humanos querem tanto ser robôs, imortiais que esquecem que nada é melhor do que a mortalidade e "humanidade".

Derradeira esperança - Vernor Vinge: adorei esse conto. Conta a história de uma espaço nave com inteligência artificial que foi construída para durar centenas de séculos. Essa nave tem o objetivo de ir para Alfa de Centauro(a estrela mais brilhante da constelação Centauro). Durante sua viagem que dura séculos ela tem seus circuitos danificados pelo tempo e acaba esquecendo qual era a sua missão primária em Alfa de Centauro. O final é muito legal e dá um gostinho de "eu entendi tudo mas poderia estar escrito no conto". É uma sensação estranha mas, deixada somente por histórias boas. Do mais, só posso dizer que vale a pena ler apesar da linguagem um pouco complicada.

Pedras estranhas - Gene Wolf: esse conto e o "Conflito evitável" são os meus favoritos. Em "Pedras estranha" é contado um mundo futuro(todos os contos são né?) em que a humanidade colonizou diversos planetas no universo e o centro da história é uma nave intergaláctica(com tripulantes humanos) que se depara com outra espaçonave estranha para o padrão humano. Eles começam então a pesquisar a nave e tentar descobrir se é humana ou extraterrestre não-humana. O legal é o clima da história, meio romântico, meio misterioso, intrigante e etc. O conto é muito divertido de ler mas não posso contar mais nada sobre ele. Leiam vocês mesmos.

Contos que eu não gostei:
A formiga elétrica - Philip K. Dick: meu irmão amou esse conto, deixando-o como um dos favoritos do livro, mas eu, ao contrário dele, não gostei nada. Talvez pelo meu racíocinio que busca lógica acima de tudo. Com isso, posso dizer que vocês podem amar esse conto ou odiá-lo, mas provavelmente não irão gostar. Enfim, o conto conta a história de um executivo que sofre um acidente e descobre que é um autômato. Até aí não há problema algum, o problema é quando ele começa a fazer experimentos em si mesmo para alterar a sua "consciência do mundo". De acordo com as mudanças que ele vai fazendo em si, ele consegue fazer com que prédios desapareçam, carros e etc. E pior, quando ele se mata o narrador deixa a entender que o que estava ao seu redor também se foi junto com ele. Ou seja, o conto diz que "eu" ou "você na sua visão" é o Deus do mundo e tudo que acontece no mundo é feito por minha sua mente. Simplesmente ilógico, rs. Mas eu tenho a impressão que foi uma interpretação mal feita por mim. Então, pelo resto acho o conto bom.

Desditados - George  Zebrowsky: esse conto é um pouco erótico e na minha opinião muito difícil de acompanhar. Eu não sabia se era uma mente que delirava e imaginava um mundo, ou se era dois autômatos distintos controlados pelo mesmo cérebro semi-humano, ou se era um autômato que se dividiu em dois e... eu simplesmente não sabia o que era. Mas acredito que eu já queria acabar com o livro e tava sem paciência para ler e reler certos trechos. Enfim, o conto fala sobre um, ou dois, sei lá autômatos que são semi-humanos(metade do cerebro humano, metade computador) que descobre os desejos sexuais humanos mais primitivos(para a época). O conto fala sobre isso, que por mais máquinas que nos tornemos, se houver uma parte humana(do cérebro) provavelmente agiremos como humanos e isso inclui nossos desejos, inclusive os sexuais, ou melhor, evolutivos.

Conclusão:
O livro é uma coletânia de contos que nos faz refletir bastante sobre a importância dos robôs para a humanidade. Ele me ajudou a compreender por que que os humanos investem tanto em tecnologia e que a humanidade não é um ser racíonal que deve ser feliz em vida, o ser humano na verdade é só mais um passo na evolução do mundo. Se existiu os dinossauros e os macacos antes de nós, então é nosso dever continuar a evoluir, e a melhor forma de fazer isso é criando robôs que nos ajudem a evoluir mais e a chegar ao ápice do conhecimento, mesmo que isso custe a nossa instinção, pois somos meros seres da escada evolutiva e não donos da eternidade. Essa é a verdade, podemos acreditar em Deus ou não, mas isso está escrito em nossos DNAs.

O post ficou enorme, mas espero que quem tenha chegado até aqui tenha gostado. E deixe um comentário, eu não mordo : ).

domingo, 26 de dezembro de 2010

Contrastes: a fome e o investimento tecnológico

Estou estreiando um novo tipo de post aqui no Blog. Apartir de agora haverá a sessão de posts "Contrastes" em que eu irei debater(mesmo sendo só eu, rs) duas coisas contrastantes no globo terrestre.

O Contraste de estréia é "a fome e o investimento tecnológico". Espero que gostem.


Esse foi um dos vídeos que a minha turma (1º O) havia apresentado no aulão. Inclusive, fui eu quem apresentou esse vídeo. Talvez eu não devesse publicar esse post por ser algo já explicado por mim, mas as palavras se espalham por ondas de rádio e nunca retornam por onde já passaram(meio filsófico, não?). E por esse motivo elas podem ser esquecidas e são informais demais para gerarem uma reflexão satisfatória(na minha opinião, pelo menos).

Para não cansar os leitores, a parte em cinza é opcional, já que não trata expecificamene desse post. Veja quem tiver interesse, rs. Considere-o como um "por trás da tela" "por trás das câmeras"

Quando decidi escrever esse post havia em mim, uma revolta gigante contra o mundo(os políticos que o regem) porcausa de sua falta de interesse em acabar com os problemas do mundo, em especial a fome. Mas naquele dia tive que deixar de escrevê-lo para sair. Desde então abandonei-o e só hoje, praticamente 20 dias depois, decidi retomá-lo.

Nesse curto espaço de tempo li um livro fascinante sobre robótica e mudei bastante de visão. Minha revolta já não é tão grande, pois conheci o outro lado da tecnologia(o bom, ou ruim). Falarei bem mais disso em outro post. O fato é que agora estou mais neutro e bem mais capaz de fazer um debate esse post. No entanto, neste post trabalharei com o meu lado mais "humano" e em no próximo com o meu lado "evolutivo". Espero que gostem e desculpem-me pela demora em introduzi-lo

Durante milhares de anos a humanidade evoluiu, se desenvolveu, criou e principalmente destruiu. Por mais que o tempo passe e que nos tornemos cada vez mais racionais, isso não se torna sinonimo de se preocupar com nós mesmos.

Se fala muito em melhorar a qualidade de vida, como? Desenvolvendo tecnologias melhores para facilitar nossas vidas. Nesse ponto eu pergunto-lhes: Melhorar nossas vidas ou simplesmente a de quem tem X$*(R$, US$, € etc.)?

Temos hoje tecnologia para um celular quase computador, um computador quase super computador e super computadores quase melhores que toda a humanidade. Temos toda a tecnologia para continuar a ter cada vez mais tecnologia. E isso é um loop(circulo, sequência infinita, algo que nunca acaba "O") que nos fará progredir de forma geométrica(PG, para quem se lembra).

Então, se temos tudo para continuar a evoluir progressivamente, então por que decidimos crescer somente para cima? Cadê os lados?
Eu explico: Crescer para cima seria inovar e crescer para os lados seria consertar os erros, aperfeiçoar o que já temos.

Ainda parece sem sentido, mas deixarei mais claro: por que não paramos de evoluir em tecnologia para evoluirmos como humanos? Por que não deixamos de tentar criar tecnologia para resolver problemas que nem existem para criar tecnologias para resolver os problemas que já existem? Ou seja, por que não deixamos de investir no espaço por um ano para investir no estermínio da fome?

Sem dúvida é um trabalho arduo mas que compensa muito. Acabando com a fome(miséria) teríamos uma sociedade mais evoluida(evoluida de verdade). Quem já jogou algum jogo sabe que não basta comprar itens só de ataque ou só de defesa, deve-se ter um equilíbrio. E cadê o equilíbrio no que o humano faz? Investimos na tecnologia sem investir na ecologia(século XX), investimos na tecnologia sem investir na erradicação da probreza. Hoje pensamos em equilibrar um pouco as coisas mas esse equilíbrio está mais ao acaso do que por nossos próprios esforços.

Pensamos em desenvolvermos tecnologicamente para só depois, através do acaso e do tempo, os outros problemas se resolverem.

Só espero que o tempo não se revolte conosco, ao contrário, estaremos fadados ao fim, ou do mundo como conhecemos.

Posso atribui todo esse problema ao capitalismo, mas o capitalismo não é mal por natureza, os humanos que o cultivam dessa forma que são, ou não.

Será que não devemos apontar os telecópios para nós mesmos para vermos os nossos verdadeiros problemas? Há quem negue isso.

Enfim, não há como uma simples mensgem mudar o mundo, mas a ploriferação de idéias tem um poder enorme, assim espero. Até o próximo post.


NOTA:
*X$: Se refere a qualquer moeda do mundo. O 'X' de icógnita se refere a qualquer moeda e $ é o símbolo mundial de dinheiro presente em muitas moedas como o R$ e o US$(dólar).