Como eu havia prometido, eu irei falar agora sobre o tema tecnologia de uma forma mais "evolutiva", no entanto não irei falar sobre fome x tecnologia. Irei falar somente de um livro que li e das idéias que ele me trouxe a mente, que de certa forma mostra uma visão um pouco contrária ao combate da fome, mas que na minha opinião podem ser complementares uma a outra.
Com esse post, eu também estréio uma nova sessão de posts, intitulada "Eu li" que será usada para eu contar minha experiência com livros que li e ao mesmo tempo debater sobre o tema do livro. Acho que vai sair ótimos posts nessa sessão, mas em compensação eles serão lançados em períodos longos te tempo, já que eu não li muitos livros na minha vida e nem tenho esse costume.
Também quero dizer que o blog agora será semanal, ou seja, haverá uma média de um post por semana, ou melhor, 54 posts até o final de 2011. Essa é minha meta.
A primeira imagem é do livro que li "Histórias de Robôs Vol. 2", e a segunda imagem é... um robô, rs. Ou melhor, um autômato(máquina criada para imitar as ações humanas).
É meio estranho começar falando do vol. 2 de um livro, mas como esse livro é composto por várias histórias, não há problema de começar do vol. 1, 2 ou 3. Mas o fato é que eu só tenho esse volume =D.
Para começar a "resenha" eu devo dizer que amei o livro, indico para todos, mas especialmente para quem tem uma mente mais aberta e não-preconceituosa. Inclusive pretendo ler os outros volumes. Agora vamos vou começar a "resenha" : ).
Por que tive interesse em ler o livro? Meu irmão já possuia esse livro há um bom tempo e me falou bem dele, me incorajando a lê-lo, mas eu não dei importância para o livro. Mas, recentemente eu li um artigo de um blog site que eu acompanho(em outro post irei falar desse site, ele é muito polêmico) que falava sobre Isaac Asimov, eu gostei muito do que falaram do autor e no próprio post havia uma citação do livro "Histórias de Robôs". Eu gostei tanto do que falaram do autor que decidi ler o livro, já que o tinha, e foi assim que conheci esse clássico que os mentes abertas todos deveriam ler.
Sobre o autor: Isaac Asimov. Não irei falar sua biografia, mas Asimov é um cara que vê além do seu tempo e é o criador das três leis robóticas. Que leis são essas?
1 - Um robô não pode prejudicar um ser humano ou, por omissão, permitir que o ser humano sofra danos.
2 - Um robô tem de obedecer às ordens recebidas dos seres humanos, ao menos que contradigam a Primeira Lei.
3 - Um robô tem de proteger sua própria existência, desde que essa proteção não entre em conflito com a Primeira ou a Segunda Leis
Com essas leis, nenhum robô fará mal a um humano ou a humanidade e acreditem elas existem e são implantadas em todos os robôs.
Voltando... Asimov criou várias histórias sobre robôs, cerca de 400, e muitas delas foram grandes sucessos e você concerteza já viu falar de uma dessas, Asimov é o autor de "O Homem Bicentenário" e "Eu, Robô", isso mesmo, esses dois grandes filmes foram baseados em histórias homônimas(de mesmo nome) de Asimov.
Enfim, Asimov é um dos melhores escritores de ficção cietífica, além de ser um gênio.
O livro em linhas gerais: Histórias de Robôs contém histórias não só de Asimov mas também de outros renomados escritores de ficção científica e óbviamente todos os contos são sobre robôs. O livro é composto por 7 contos, e 3 são de Asimov. O que me fez amar o livro foi o fato dele nos mostrar que os robôs não devem ser temidos e que eles são o futuro da humanidade e seu melhor amigo(muito mais que os cachorros, rs).
Contos de destaque:
A introdução do livro "Os robôs, os computadores e o medo", também escrito por Asimov, é sem dúvida uma das melhores partes do livro já que rebate o medo natural que sentimos pela evolução. Com certeza muitos têm medo do robô ir contra a humanidade ou ser o nosso fim ou de que não podemos criar uma criatura já que não somos deuses. Mas Asimov de forma fantástica (pelo menos para mim e para quem for mente aberta) mostra que tudo isso é tecnofobia.
Círculo vicioso - Isaac Asimov: é o primeiro conto do livro e apesar de não ter nada de muito fantástico é ótimo para a introdução das três leis robóticas, contando uma história onde dois humanos precisam resolver um problema onde há um conflito com as três leis.
O conflito evitável - Isaac Asimov: simplesmente amei esse conto. Não vejo possibilidade de uma pessoa ler esse conto e não parar para refletir(seja a favor ou contra os robôs). Eu não assisti a série Matrix toda mas Matrix cai por terra quando se lê "O conflito evitável". É complicado contar um resumo desse conto, o que posso dizer é que nesse conto o mundo é controlado por um computador central que controla as ações executadas pelos homens(daí a semelhança com Matrix) e esse computador faz com que não haja mais guerras nem nenhum confito no mundo(daí o nome do conto).
Ou seja, é um computador que garante que o ser humano não irá se destruir ou se prejudicar nunca mais. É um conto sombrio que dá medo e ao mesmo tempo nos faz desejar essa situação. Cheguei até a pensar que esse seria um mundo perfeito e que nele nem Deus precisaria interferiri(sei que haverá discordancia, mas é minha opinião não-definitiva). Leiam esse conto antes de morrer, rs.
O homem bicentenário - Isaac Asimov: esse conto todos conhecem(espero), e não há muito o que dizer. É melhor que o filme, para alguns e para mim. O que tenho para falar sobre esse conto é que achei-o legal, mas é difícil acreditar que um ser imortal(robô, não vampiro) queira se tornar tão humano. Mas se for ver por outro lado, mostra que os humanos querem tanto ser robôs, imortiais que esquecem que nada é melhor do que a mortalidade e "humanidade".
Derradeira esperança - Vernor Vinge: adorei esse conto. Conta a história de uma espaço nave com inteligência artificial que foi construída para durar centenas de séculos. Essa nave tem o objetivo de ir para Alfa de Centauro(a estrela mais brilhante da constelação Centauro). Durante sua viagem que dura séculos ela tem seus circuitos danificados pelo tempo e acaba esquecendo qual era a sua missão primária em Alfa de Centauro. O final é muito legal e dá um gostinho de "eu entendi tudo mas poderia estar escrito no conto". É uma sensação estranha mas, deixada somente por histórias boas. Do mais, só posso dizer que vale a pena ler apesar da linguagem um pouco complicada.
O homem bicentenário - Isaac Asimov: esse conto todos conhecem(espero), e não há muito o que dizer. É melhor que o filme, para alguns e para mim. O que tenho para falar sobre esse conto é que achei-o legal, mas é difícil acreditar que um ser imortal(robô, não vampiro) queira se tornar tão humano. Mas se for ver por outro lado, mostra que os humanos querem tanto ser robôs, imortiais que esquecem que nada é melhor do que a mortalidade e "humanidade".
Derradeira esperança - Vernor Vinge: adorei esse conto. Conta a história de uma espaço nave com inteligência artificial que foi construída para durar centenas de séculos. Essa nave tem o objetivo de ir para Alfa de Centauro(a estrela mais brilhante da constelação Centauro). Durante sua viagem que dura séculos ela tem seus circuitos danificados pelo tempo e acaba esquecendo qual era a sua missão primária em Alfa de Centauro. O final é muito legal e dá um gostinho de "eu entendi tudo mas poderia estar escrito no conto". É uma sensação estranha mas, deixada somente por histórias boas. Do mais, só posso dizer que vale a pena ler apesar da linguagem um pouco complicada.
Pedras estranhas - Gene Wolf: esse conto e o "Conflito evitável" são os meus favoritos. Em "Pedras estranha" é contado um mundo futuro(todos os contos são né?) em que a humanidade colonizou diversos planetas no universo e o centro da história é uma nave intergaláctica(com tripulantes humanos) que se depara com outra espaçonave estranha para o padrão humano. Eles começam então a pesquisar a nave e tentar descobrir se é humana ou extraterrestre não-humana. O legal é o clima da história, meio romântico, meio misterioso, intrigante e etc. O conto é muito divertido de ler mas não posso contar mais nada sobre ele. Leiam vocês mesmos.
Contos que eu não gostei:
A formiga elétrica - Philip K. Dick: meu irmão amou esse conto, deixando-o como um dos favoritos do livro, mas eu, ao contrário dele, não gostei nada. Talvez pelo meu racíocinio que busca lógica acima de tudo. Com isso, posso dizer que vocês podem amar esse conto ou odiá-lo, mas provavelmente não irão gostar. Enfim, o conto conta a história de um executivo que sofre um acidente e descobre que é um autômato. Até aí não há problema algum, o problema é quando ele começa a fazer experimentos em si mesmo para alterar a sua "consciência do mundo". De acordo com as mudanças que ele vai fazendo em si, ele consegue fazer com que prédios desapareçam, carros e etc. E pior, quando ele se mata o narrador deixa a entender que o que estava ao seu redor também se foi junto com ele. Ou seja, o conto diz que "eu" ou "você na sua visão" é o Deus do mundo e tudo que acontece no mundo é feito por minha sua mente. Simplesmente ilógico, rs. Mas eu tenho a impressão que foi uma interpretação mal feita por mim. Então, pelo resto acho o conto bom.
Desditados - George Zebrowsky: esse conto é um pouco erótico e na minha opinião muito difícil de acompanhar. Eu não sabia se era uma mente que delirava e imaginava um mundo, ou se era dois autômatos distintos controlados pelo mesmo cérebro semi-humano, ou se era um autômato que se dividiu em dois e... eu simplesmente não sabia o que era. Mas acredito que eu já queria acabar com o livro e tava sem paciência para ler e reler certos trechos. Enfim, o conto fala sobre um, ou dois, sei lá autômatos que são semi-humanos(metade do cerebro humano, metade computador) que descobre os desejos sexuais humanos mais primitivos(para a época). O conto fala sobre isso, que por mais máquinas que nos tornemos, se houver uma parte humana(do cérebro) provavelmente agiremos como humanos e isso inclui nossos desejos, inclusive os sexuais, ou melhor, evolutivos.
Conclusão:
O livro é uma coletânia de contos que nos faz refletir bastante sobre a importância dos robôs para a humanidade. Ele me ajudou a compreender por que que os humanos investem tanto em tecnologia e que a humanidade não é um ser racíonal que deve ser feliz em vida, o ser humano na verdade é só mais um passo na evolução do mundo. Se existiu os dinossauros e os macacos antes de nós, então é nosso dever continuar a evoluir, e a melhor forma de fazer isso é criando robôs que nos ajudem a evoluir mais e a chegar ao ápice do conhecimento, mesmo que isso custe a nossa instinção, pois somos meros seres da escada evolutiva e não donos da eternidade. Essa é a verdade, podemos acreditar em Deus ou não, mas isso está escrito em nossos DNAs.
O post ficou enorme, mas espero que quem tenha chegado até aqui tenha gostado. E deixe um comentário, eu não mordo : ).