Hoje em dia vivemos em um mundo cada vez mais prático, cheio de atalhos, cheio de facilidades.
Celulares para não precisar visitar um amigo, emails para não perder tempo com o envio de cartas, impressoras para não ter que fazer cópias a mão, calculadoras para não usar a "cabeça".
São facilidades e mais facilidades. Durante séculos o ser humano veio caminhando para um mundo mais "fácil". E finalmente temos de tudo para facilitar as nossas vidas e continuamos a tentar facilita-la cada vez mais e incessantemente.
Mas será que isso tem feito bem para nós? Perdemos pouco tempo para fazer atividades complexas ou mesmo simples, mas, o que estamos fazendo com esse tempo "a mais"?
Por incrível que pareça, a praticidade também nos trouxe grandes problemas. A cada dia aumenta o número de pessoas que sofrem de problemas naturalmente inexistentes como o stress e a depressão. E isso é realmente preocupante. Parece haver uma relação entre o aumento do "tempo livre" e o aumento da tristeza nas pessoas.
Com tão pouco esforço fazemos de tudo e mesmo assim nos vemos tristes no espelho, deprimidos, decepcionados com o que temos. Mas, por quê? Será que o tempo livre nos faz refletir mais e portanto acaba nos levando ao vazio, ou será que não conseguimos mais olhar para as coisas como elas são?
Vivemos em um mundo industrializado, de capital, de bens, e, muitas vezes não percebemos que a vida é pratica, simples e natural. Não precisamos de nenhuma ferramenta para vivermos e acabamos esquecendo que o que nos faz mais feliz é o natural, a natureza.
Como uma árvore aparentemente comum mas que na primavera nos encanta(pelo menos a mim,rs) com suas flores rosas.
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Ypê do CEMTN |
Falamos tantas vezes ao dia "Mas que vida sem graça", e esquecemos que sem graça mesmo é o nosso humor, a nossa vontade de enxergar as coisas como realmente são, simples, naturais e até mesmo banais.
É a forma que pensamos que determina o que vemos, sentimos, ouvimos. É através da paixão pelo comum que transformamos nossos dias e nossa vida. quantos de nós não odeia uma chuva ao sair? E também o calor? E também o nublado? E também sair? E também ficar em casa? Simplesmente queremos odiar não-gostar de tudo, não nos conformamos com o que temos, não agradecemos, não paramos para pensar que cada pequeno momento de um dia é uma alegria escondida, pronta para ser percebida.
É difícil nos dias de hoje parar para ver o que a natureza nos deu, eu sei disso porque esse texto não serve só pra vocês, serve pra mim e creio que para todos.
Não me orgulho pela vida que tenho, não me satisfaço com o que o mundo me deu, mas isso é pura ignorância minha, sua, da nossa sociedade.
Me lembro de ter me sentido maravilhado ao assistir Avatar. Pode ter sido um filme como qualquer outro, mas nunca tive tanta vontade de viver um mundo fictício de um filme, pois eu vi a felicidade nos Na'vis e eu senti que é uma vida como aquela que eu queria pra mim. Infelizmente, caminhamos para o caminho contrário, da mecanização, mas ainda há tempo para curtir o que o mundo sempre nos deu.
"Não tenha medo de ser louco, tenha medo de não ter feito o que queria fazer"
P.S.:
Eu acredito que esse post tenha ficado um tanto quanto parecido com o Primeiras Reflexões e Quem tem pressa come cru(2), ambos do Prof. Rogério - inclusive peguei a maravilhosa imagem do ypê rosa do post dele -, sendo meio que um misto dos dois, mas nunca é ruim enfatizar coisas desse tipo e também essa foi uma "provocação" que recebi de uma grande amiga minha, enfim, só quis repassar a lição de moral que recebi dela :D e de forma indireta do post do Prof Rogério. Espero que tenham gostado.
Para quem ainda não respondeu um pequeno questionário sobre o blog que fiz, acesse o link abaixo e responda. Sua participação é fundamental para a evolução desse blog e para a minha alegria, rs.
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