terça-feira, 30 de agosto de 2011

Qual é o futuro do mundo?



Existem momentos da história que marcaram a forma como vivemos.
Não quero dizer quais foram, mas existe um em especial que transformou de forma única o nosso mundo.
Foi a revolução industrial, ou mais especificamente, quando deixamos a sociedade feudal para nos tornamos uma sociedade capitalista.

Não consigo imaginar nada que tenha impactado mais do que isso. O capitalismo não foi simplesmente uma nova maneira da sociedade ser organizada. Foi muito mais. Posso dizer que o ele nos transformou principalmente como indivíduos. Nossa forma de pensar, agir e nos relacionarmos foi completamente mudada. Não de um dia para outro, mas com o tempo.

Para mim são claros os benefícios que o capitalismo trouxe para o mundo. Em nenhuma fase da história da humanidade produzimos tanto, inventamos tanto, evoluímos tanto como depois da revolução inglesa. Mas como tudo tem seu lado ruim, veio muitas coisas ruins ou questionáveis, muitas das quais eu já discuti aqui, como a frieza e distanciamento das pessoas, a priorização da tecnologia ao invés da matéria humana, dentre outras coisas ainda mais preocupantes.

Mas na minha opinião, algo novo está acontecendo, não seria o fim do capitalismo, mas uma nova forma da sociedade se organizar e agir. Por décadas o proletariado foi uma vitima que com muito sofrimento conseguiu algum respeito, mas ainda assim nunca teve mais poder do que a burguesia permitia. E é nisso que vejo uma mudança. Como Karl Marx já dizia, o próprio proletariado deixará de ser uma vítima para se tornar o agente causador de mudanças profundas na sociedade.

Mas como assim? O que está mudando, que eu não consigo enxergar?

Se percebermos bem, a tecnologia e o que ela nos dá, o conhecimento, está cada vez mais impregnado em cada cidadão desse mundo. E as poucas sociedades "ditatoriais" que ainda existem só se sustentam através da restrição a informação.

Mas acontece que a informação que vem através da internet é muito difícil de ser contida, e com o tempo acaba chegando mesmo em lugares sobre "extrema vigilância cibernética". Isso fica claro quando vemos o caso da Líbia em que a sociedade se revoltou com o seu ditador e está a messes lutando por sua liberdade civil. Mas não é da Líbia exatamente que quero falar, o ponto chave é que a informação está juntando "rebeldes" por todo o globo e de diferentes formas.

Wikileaks, Anonymous, Lulzsec são movimentos que precedem algo maior. O que esses grupos têm em comum, é que cada um deles agiu ou ainda age para desmascarar governos e empresas multinacionais. Falando especificamente do Anonymous, ele é algo grandioso. Um grupo talvez ainda sem rumo, mas que mostra à perfeição o poder que indivíduos juntos têm. É um grupo sem líderes mas que reflete o desejo de uma multidão.

A tendência é movimentos como esses crescerem e a revolução do controle-remoto se tornar algo realmente assustador e principalmente revolucionário. Cada vez mais vejo manifestos pela internet:

  • Seja no Correio Brasiliense em que a cada notícia os leitores debatem no site, chegando a algumas vezes falarem mal do sensacionalismo ou da "mentira" que o jornal traz;
  • Seja em chats e fóruns pela internet em que pessoas se juntam para trocar opiniões muitas vezes críticas a uma empresa ou ao governo;
  • Seja no YouTube em que fizeram um video para incentivar a todos a não assistirem o Jornal Nacional por um dia, para que a Globo não escondesse o que está acontecendo sobre o caso Ricardo Teixeira e CBF; 
  • Seja no Twitter onde muitas pequenas revoltas acontecem constantemente.

A TV está deixando de ser o principal veículo de informação, e isso significa que a informação está chegando sem interferências políticas/econômicas nas nossas mãos.
E esses pequenos tufões estão perto de se juntarem para formar um grande furacão/tornado capaz de mudar completamente nossa sociedade.

A informação muda o mundo, e nunca a vimos tão acessível a todos.

Será que estamos nos juntando aos poucos para, enfim, declarar guerra ao "capitalismo dos poucos"?

sábado, 13 de agosto de 2011

Mundo Imaginário: O amor se foi...

coisas romanticas, apaixonados para sempre, love songs, ouvindo radio romantica

Quando decidiram que o sentimento humano é mero processo químico?
Anos se passaram e eis que finalmente o amor se foi.
Não para debaixo dos panos, não por um curto período de tempo. Simplesmente foi-se. 

Não há mais razões para se amar. A liberdade finalmente chegou ao seu auge. Todos estão convictos que o amor não existe, que relacionamentos momentâneos são milhares de vezes melhores do que fingir que se pode amar alguém eternamente.

O que restou foi o desejo... Não há mais "felizes para sempre".
É estranho pensar que insistimos tanto para pensarmos que o amor é infinito. Que o tempo não o apaga.
Passamos tanto tempo acreditando nisso. Mas o tempo mostrou a verdade: somos animais poligâmicos e ninguém mais têm dúvida disso.

Mas é tão triste... O conto de fadas acabou, no que poderemos acreditar agora?
O amor se foi, a liberdade veio e ninguém é de ninguém.

É isso o que desejamos, agora não há mais volta. Por anos gritamos aos quatro ventos que fidelidade é burrice, e agora a mentira dita mil vezes se tornou verdade. Verdade absoluta que não encontra mais exceção.

Ainda penso naquela garota... Mas sei que nunca seremos somente um do outro.

domingo, 7 de agosto de 2011

Brasília - Cidade maravilhosa. Será mesmo?

"A grama do vizinho é sempre mais verde."

Centro de Brasília
Esse ditado popular resume bem o que quero dizer com esse post.
Quem ouve falar em Brasília deve imaginar uma cidade fantástica, totalmente planejada e sem erros. Onde a qualidade de vida é excelente e as pessoas tem as mais diversas formas de entretenimento possíveis.

Mas quem mora em Brasília, sabe que Brasília não é somente o Plano Piloto, é muitas outras cidades, aliás, segundo o IBGE, Brasília é todo o DF. E as cidades satélites são na verdade bairros ou municípios.

E é levando esses "municípios" em consideração que quero fazer esse post. Pois a vida no centro de Brasília é maravilhosa, com uma ótima infraestrutura e formas de entretenimento. Mas somente no centro.
Para quem mora no subúrbio de Brasília sofre com a falta de opções de entretenimento e principalmente de cultura..

O que temos? Shoppings, feiras, parques e não se esqueça do mais importante, bares.

De cultura mesmo, só os shoppings que nos oferecem salas de cinema.
Bibliotecas até tem, mas boa parte é graças as escolas e universidades.
Parques? Temos bastante em Taguatinga, mas o que estou querendo é cultura.

Praticamente todos os eventos culturais de Brasília ocorrem no centro do poder. E quem mora no centro? Em geral os burgueses ou políticos. Não seria essa uma forma de exclusão social? Quanto mais longe ficarmos da cultura mais fácil será de nos controlar.

Aqui, quem não tem carro vai para o cinema. Quem tem dinheiro, vai para o teatro, exposições, orquestras, etc.
É até difícil sair com os amigos para se divertir. Tanto que 90% das vezes o cinema é a opção escolhida.

Para quem quer comer ou se embebedar, não faltam opções em qualquer cidade. Mas isso não alimenta as nossas mentes, ou alimenta?

Brasília e meus quereres 
Quero gritar “eu te amo”
Quero dizer que me orgulho de ti
Quero, quero, quero
Só quero.
Quero acreditar que és maravilhosa
Que tens tudo que preciso
Eu quero, sim.
Ah, como eu quero. 
Mas será que querer
Te farás tão bela?
Será que só dizer e dizer
Me fará feliz? 
Não é culpa minha
Se não digo o que quero
A culpa é tua de não me dar o que quero. 
Ah, como é chato dizer tantos “queros”
Mas chato mesmo é te chamarem de maravilhosa
E eu saber lá no fundo
Que não é bem assim.
O que quero agora dizer, Brasília
É que dei minha vida por ti
E você, o que me destes?
Só um monte de “queros”... 
Escrito por: Vital, Eduardo Alencar Cunha
em 30 de Julho de 2011