sábado, 3 de agosto de 2013

Poema: Translações Repetidas

Andando vazio sobre o mundo
Julgando pessoas em um segundo

É assim que a vida se esvai
Procurando a si mesmo no meio de tantos

Mas isso não é sobre ser grande
Não tem nada a ver com o que se esconde
É sobre mudanças e sofrimento

E não adianta se sentir bem
Não adianta fazer a roda do tempo girar

Por mais que se ande
O mundo não muda
Pois sempre foi o mesmo mundo
Repetindo-se a cada translação

Julgam sem saber
Morrendo a cada dia dentro de mim

Não é sobre mim
É sobre quem está lá fora
Esperando para ver o orgulho vencer

E se o orgulho em mim for tão grande quanto
Então sempre foi assim

Achei que poderia mudar alguns
Sabendo que mudaram a min
Mas não adianta,
Isso não é sobre mudar outrem
É sobre ser sincero nas atitudes

Já os olhos, não se fecham mais
E quem foi belo outrora
Se mostra incipiente sob a luz

Isso não é sobre se sentir sozinho
É sobre saber que há instantes que se deve voltar as origens
Não é sobre mim
É sobre quem nunca tentou me entender
Querendo que eu os entendesse.

E a cada rotação
Não me vejo mais triste
Apenas mais preparado para um novo futuro

Não é sobre viver
É sobre saber com quem se vive...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Poema: Ode ao Ódio


Querem me ver humano
Sensível, ouvinte e crítico
Perpetuado pelo amor

Mas me da ódio a hipocrisia do mundo
Me da ódio ver meu mundo corrompido
Meus desejos sendo transformados em pó
Sentimentos em puro ódio

E se querem-me humano
Não me corrompam!
Não matem minha alma
Não torturem minha vida

Não há um ser nesse mundo a qual eu culpo
Mas dou minha vida
A quem ouvir minha agonia,
e de coração se dispor a me tornar novamente vivo

Já vaguei por esse mundo sozinho
Já julguei os loucos e destemidos
Me transformei, achando que o mundo me queria bem

Vaguei por caminhos desconhecidos
Tentei virar todas as páginas do meu passado
Tornar quem eu amo ser

Mas não há como!
Não se pode lutar contra todos
Te machucam, te impedem de ser bom

Não se preza pela virtude
Não se preza pelo esforço em ser melhor

Aprendi milhares de coisas
Neguei muitas
Me esforcei ao máximo por algumas
Mas de que adianta?
Não vale a pena “ser”

“Ser ou não ser”
Já está fora de questão
Se me negam quem eu sou
Então negarei com ódio a tudo que vejo
Perpetuarei a dor como tanto querem
E me jogarei ao abismo sem fim

Pobre daqueles que se arrependerem
Sou forte
Mas não resisto a influencia do mundo
Mundo podre e hostil!
Obrigado por nada!

E quem acha que morri
Muito pelo contrário
Apenas renasci com o ódio que me pediram
Já não luto mais contra o mundo!

O mundo muda e a gente aprende a mudar!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Poema: Sentimentos que Retornam


Sabe quando você acha que nunca mais passaria por aquilo
e de repente você começa a sentir o que você nunca mais gostaria de sentir?

Você acha que está protegido, mas tem que ser muito ingênuo pra duvidar da vida
e agora... não há mais nada a fazer

É esperar o tempo passar
Ou morrer lutando.

Queria ser uma criança que acredita que seus sonhos serão a verdade do amanhã...
Mas o mundo queima e das janelas se vê o desespero da verdade

O mundo gira, e eu só quero parar de seguir seu movimento
Lutar contra todas as forças
E apenas sentir torpor
Só assim para esquecer para sempre, o que outrora sempre quis sentir...

E quando as luzes do mundo acabar
e os caminhos da vida não levarem mais a lugar algum
Eu saberei que ainda assim terei que lembrar que jamais partirei
Pois um dia eu disse, que isso só seria feito quando a vida me pedisse
E por mais que eu sofra mantendo essa promessa,
Não há como negar o amor.

Esperarei pela vida, pois sem ela não sou ninguém.
Sem ela, não sinto a verdade.
Não sinto a dor, mas também não sinto amor.

Abrace-me da única forma que gosto. Sem braços trocados.
Apenas me abrace, para que eu não sofra tanto.

domingo, 30 de junho de 2013

A Difícil Tarefa De Escolher Uma Profissão

Desde criança nos imaginamos exercendo alguma profissão, seja ser bombeiro, jogador de futebol, professor ou dentista, cada um de nós em algum momento da vida nos vimos em nossos sonhos fazendo algo que amamos.

Então, escolher uma profissão é muito mais do que apenas trilhar por um caminho, é realizar um sonho, ou pelo menos é assim que uma criança imagina. É claro que com o tempo nos tornamos pessoas diferentes, mudando fisicamente, emocionalmente e ideologicamente. E nossas escolhas e sonhos também não são imunes ao tempo, e mais do que isso, à realidade que nos cerca, e assim tantas e tantas vezes mudamos também o que queremos ser e o que queremos fazer.

Quando pequenos, imaginamos um mundo simples, sem preocupações nem desafios. Ao amadurecermos, passamos por conflitos, problemas e dificuldades, e pensar em uma profissão deixa de ser uma tarefa fácil para se tornar uma tarefa atormentadora, que a cada dia que passa nos deixa mais preocupados.

Mas a final, no meio de tantas dúvidas, será que há uma fórmula simples para decidir o caminho que iremos trilhar? 

Primeiro de tudo, há apenas duas coisas em nossas vidas que podemos decidir e que influenciarão todo o nosso futuro: com quem iremos constituir uma família e a nossa profissão.

Por isso não negligencie a escolha de sua profissão, e não pense no presente ou no passado, afinal é uma escolha que afetará toda sua vida, mas também não pense que você não poderá errar ou se enganar, há pessoas que até hoje não sabem o que querem fazer, e não é por isso que deixam de ser felizes ou realizadas.

Sendo assim, reflita bastante nessas questões:
  • Volte a sua infância. O que você queria ser quando você não tinha preocupações em sua vida?
  • Você quer ganhar dinheiro ou ser feliz? Será que você consegue escolher algo que esteja no meio termo?
  • Você quer um bom salário de imediato, ou você não tem medo de demorar o tempo que for preciso para alcançar o salário que você almeja?
  • Você quer tempo livre ou dinheiro? A não ser que você seja muito sortudo, não tem como ter os dois em abundância.
  • O quanto de tempo com sua família você sacrificaria para ocupar um cargo importante em uma empresa?
  • Prefere trabalhar para os outros, ou caminhar com suas próprias pernas e arriscar abrir seu próprio negócio?
  • Gosta de trabalhar diretamente com o público, ou prefere trabalhar com pouco contato com o público?
  • Gosta de qual área do conhecimento? Já se imaginou passar um dia apenas trabalhando nessa área? Será que ter afinidade é o mesmo que amar uma matéria?
  • Deseja estabilidade acima de tudo? Então você perderia alguns anos da sua vida para se dedicar aos estudos para passar em um concurso público?
  • Você quer uma profissão que te realize, ou que realize os sonhos das pessoas próximas a ti?
Pense bastante no que você respondeu nas questões anteriores e através delas procure encontrar um caminho que corresponda melhor às suas respostas.

E lembre-se, não importa o caminho que você escolher, você terá que se doar, se entregar. Então procure ter contato com alguém que trabalhe nas possíveis profissões que você pensa seguir, e veja se aquilo te agrada, pense se essa profissão satisfaz as respostas que você deu, e pesquise tudo o que puder sobre elas.

Talvez, nada do que eu tenha dito tenha te ajudado de fato a escolher sua profissão, então nesse caso, sugiro que você se foque! Muitas vezes achamos que não temos as respostas para nossas dúvidas, mas no fundo, apenas temos medo de descobrir que durante todo o tempo, a resposta estava no nosso coração.

Você sabe o que quer fazer! Apenas elimine todos os “...e se...”. Desconsidere tudo o que já falaram para você, e escute o que você não quer ouvir de si mesmo, e caso ainda não tenha encontrado respostas, não se preocupe, a qualquer momento a vida pode abrir sua mente e proporcionar novas mudanças em ti, então relaxe, pois não há necessidade de haver respostas para tudo. Enquanto isso, apenas lembre-se:
A felicidade não é definida pelo o que fazemos e sim pela forma como fazemos.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Poema: Mudanças em vida


Anos de vida me transformaram.
Já fui sozinho
Já imaginei que meu pensamento se dividia em 3
Que eu era o primeiro e o último
E que o mundo não seria nada sem mim.

Um vento forte veio,
Me derrubou e me fez sentir o frio
Me transformei
Percebi que eu era apenas eu
Sozinho em um mundo lotado de gente.

Descobri que eu não era o primeiro e nem seria o último
Que sou apenas um número qualquer no infinito
E pensei finalmente que eu não seria nada sem o mundo.

E assim a vida seguia,
De solitário e desconhecido
Me tornava alguém que não sentia o vazio.

Mas há uma hora que o calor não te agrada
E que o frio te arrepia de uma forma indesejável.

Você percebe que não é o que você queria
E muito menos o que deveria.
E os dias passam
E continuam passando...

Cá estou
Em mais uma mudança
Não quero mais sentir frio
Mas já procurei demais o calor
No fundo apenas quero ser eu
Nem muito sozinho
Nem fazendo de tudo para ser mais do que um.

Perdi a identidade dezenas de vezes
Fiz a identidade como todos queriam centenas de vezes
Me preocupei em como o mundo me via
Mas nunca olhei para o que eu sou.

E tantas pessoas que me magoaram
Fizeram me tornar mais orgulhoso de mim
Pelas dezenas de feridas que me fizeram mais forte

E tantas pessoas que não me deram o valor que eu queria
Fizeram-me ser mais exigente
Pois também tenho que lhes dar o que valem.

E tantas pessoas que saíram da minha vida
Sem jamais pedirem minha permissão
Fizeram-me não permitir que qualquer um viva comigo

Já fui mal
E também muito bom
Mas sempre me importei com outrem
Que tal se eu me importar comigo
E apenas com quem se importa comigo?

A vida nos muda...
E a gente também.

Eduardo Vital

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Alguém precisa fazer o trabalho sujo...

A sociedade humana sempre foi dividida em classes. Desde que os homens começaram a se organizar em grupos, havia alguém que detinha mais poder que seus semelhantes. A sociedade evoluiu, mas a relação de poder continuou a mesma.

Durante a história passamos por várias transformações, e mesmo assim a desigualdade continua presente. Será esse um mal que nunca acabará? Por que uns tem tão pouco e outros tanto? Pode-se dar várias respostas para essa pergunta, mas a minha é bem simples: a humanidade precisa ser hierárquica!

Enquanto houver mais de um ser humano no mundo, haverá aquele que terá mais poder que o outro. E o porquê disso, somente algum estudioso sobre a mente humana pode responder.

Hoje, temos uma sociedade "maravilhosa" em que temos mil e uma facilidades. Desde celulares, computadores até máquina que fazem nossa comida de forma automática. Basta ter a ferramenta correta. Mas esse lado "maravilhoso" não é um véu que cobre o mundo todo. Enquanto uns comem comidas maravilhosas e batem papo pelo celular, outros não tem nem mesmo prato para comer, muito menos comida.

E a fúria dos defensores do direito humano pode cair sobre o capitalismo, mas a verdade é que não houve um momento na história mundial em que não houve miséria, seja utilizando o sistema capitalismo, seja utilizando qualquer outro sistema. A verdade é que o ser humano é preguiçoso e gosta que tenha alguém que faça o serviço pesado no seu lugar.

E não é raro ouvir por aí pessoas dizendo: "por que se gasta tanto dinheiro com tecnologia, ou viagens espaciais, ou pesquisas que aparentemente não dão retorno nenhum, quando poderíamos pegar esse dinheiro e investir para acabar com a fome". Podem me crucificar, mas isso não resolveria o problema.

Se você está lendo esse texto é porque você tem algum dispositivo eletrônico que é luxo para as pessoas famintas pelo mundo. E eu te pergunto, você abriria mão do seu computador, celular, televisão, rádio, microondas, geladeira, relógio e fogão para acabar com a miséria do mundo?

E você pode dizer: "uma coisa não tem nada a ver com a outra". E eu te digo que tem, e muito. Quase que em todas as épocas existiram escravos, e engana-se quem pensa que hoje não há escravos. Há sim, e eles são os responsáveis por você estar lendo esse texto por um aparelho tecnológico. E se você quer acabar com a miséria, você tem que acabar com a tecnologia. Pois se os chineses não fossem "escravizados", os aparelhos seriam caros demais, e poucos iriam comprar, e a empresa não teria lucro, e os preços aumentariam mais e talvez acabaríamos em uma sociedade socialista/comunista em que não há avanço tecnológico pois ninguém irá querer produzir mais do que o que come. Não haveria miséria, mas haveria um mundo semelhante a idade média.

O ser humano é tão "evoluído" que precisa de incentivo para avançar, e querendo ou não, ser pobre é um ótimo incentivo para ajudar o mundo a evoluir. Mas acreditem, eu sou contra a miséria no mundo, sou contra o trabalho escravo, mas não sou contra o avanço tecnológico, nem contra o alto investimento em tecnologia e inovação.

E digo isso porque para mim só há uma forma de nunca mais haver miséria e nunca mais haver trabalho escravo: evoluindo os robôs ao estágio em que eles consigam fazer qualquer atividade mecânica sem auxílio de um ser humano. Sim! Estou falando de substituir o ser humano pelo robô! E eu não sou louco, apenas acredito que só assim poderemos eliminar trabalhos "inúteis" como colher arroz, limpar a rua, limpar a casa, dirigir um carro/ônibus, atender telefonemas numa central de atendimentos, dentre milhares de outros.

E digo que isso não seria o fim do mundo, só seria a oportunidade de fazermos o que realmente queremos fazer. Com os robôs tomando de conta de atividades como essas, sobraria para nós, humanos, as tarefas relacionadas com a criatividade e com o pensamento crítico.

Seríamos artistas, pesquisadores, cientistas, ou até mesmo simplesmente, pais de família. E o mundo não precisaria de seres humanos escravos, pois os robôs seriam nossos escravos. É claro que essa transição de humanos para robôs já está acontecendo nesse momento, onde cobradores estão sendo substituídos por catracas eletrônicas, atendentes de caixa, por caixas eletrônicos, dentre tantos outros exemplos. E essa transição é dolorosa, pois teremos que pensar como será o novo sistema econômico que adotaremos.

Afinal, pensem comigo: se os robôs plantassem, colhessem, embalassem e vendessem comida, para que precisaríamos de seres humanos trabalhando na agricultura/pecuária? Se os robôs nos atendessem, se auto-concertassem, limpassem a cidade e a sua casa, para que teríamos empregados domésticos e mecânicos?

E se nada disso fosse preciso, para que precisaria haver dinheiro se não haveria a venda da sua mão de obra? Estaríamos então numa sociedade em que todos se alimenta, todos tem acesso à tecnologia e quase todos não tem nada mais para fazer do que apenas se divertirem por toda a vida.

Pelo menos para mim, isso é um pensamento inquietante e assustador. Muitos se sentiriam inúteis numa sociedade assim, mas sinceramente, o que somos além de carne sobre osso? Não temos nenhum propósito além de nascer, reproduzir e morrer, então apenas teríamos que deixarmos de sermos trabalhadores para nos tornarmos simplesmente pessoas em férias eternar. E o tédio seria umas das nossas únicas preocupações...

E então quando me perguntam: por que não se pega o dinheiro do mundo e acaba com a miséria do mundo?.
Eu respondo: por que isso não iria resolver nada, estaríamos presos em um mundo em que para sempre um dono de casa precisaria de um empregado para limpar sua casa...

Então por favor, invistam em tecnologia e acabem de vez com todos os problemas da sociedade!
Transforme-nos em reis e os robôs em escravos!